De acordo com Tiago Pavinatto, em sua obra "Da Silva: A grande fake news da esquerda", o maior desserviço histórico dos comunistas no Brasil foi alçar o cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, ao status de herói nacional.
Em seus discursos, o militar e político comunista mais famoso do Brasil - Luís Carlos Prestes - capciosamente vendeu Lampião e o seu bando para o mundo como pobres camponeses que se insurgiram contra a opressão. A partir da defesa nada honesta dessa fake news irresponsável, conclamou o Partido Comunista do Brasil a abraçar os cangaceiros para assim, guiar esses companheiros dispersos em uma verdadeira frente ampla pela luta de massas contra o sistema de privilégios.
Mas afinal, quem eram os cangaceiros na realidade?
Um cangaceiro não passava de um miliciano de aluguel, contratado com a finalidade de manter os latifúndios e o poder político de seus proprietários, os coronéis, através de extrema violência.
O fenômeno do Cangaço ocorreu no Nordeste brasileiro e teve seu ápice na década de 1930, tendo como seu maior expoente o sanguinário líder Virgulino Lampião. Seu bando percorria o Sertão tocando o terror nas famílias mais pobres, extorquindo os pequenos fazendeiros, espoliando os seus bens, além de estuprar e matar dezenas de meninas e mulheres: o mais puro caldo do sadismo.
Quando o bando de Lampião assassinava qualquer homem que, em sua casa fosse marido, matava também a sua esposa caso ela fosse considerada feia - com ou sem estupro coletivo. Todavia, se fosse considerada bonita, a pobre mulher ficava "à disposição" dos cangaceiros presentes: quem quisesse se tornaria dono dela, como se ela fizesse parte do espólio do defunto.
Pavinatto narra várias atrocidades cometidas contra mulheres durante o Cangaço. Entre elas, a notícia que mais provocou náusea em todo o país e foi capa do jornal A Noite, em 11 de junho de 1931, estampada com a foto de Maria Felismina, pobre moça ferreada na face por Lampião.
Em Porto da Folha, Sergipe, Virgulino invadiu um casamento, estuprou a noiva fazendo-a sangrar e, antes de oferecer a vítima a todos os cangaceiros que estavam com ele, mandou que a avó desta limpasse o sangue que sujava seu pênis.
Em outra ocasião, durante um estupro coletivo, a vítima sofreu uma hemorragia e para não frustrar a "festa", Lampião encheu sua vagina de terra e socou com um punhal para estancar o sangue que corria.
Outro cangaceiro do grupo, o comparsa Zé Baiano, além de ferrar mulheres com suas iniciais e se excitar com o cheiro de carne queimando em brasa "notabilizou-se" também por estuprar Maria de Nazaré, uma menina cega de 10 anos, na frente de seu pai.
Mas e a rainha do Cangaço?
Maria de Déa foi apelidada pela imprensa carioca de "Maria Bonita", em referência a protagonista do romance homônimo de Afrânio Peixoto que contava a estória de uma jovem baiana extremamente bela, que enfrenta as dificuldades da vida no sertão.
No entanto, de bela, Maria não tinha absolutamente nada, nem tampouco de sensata. Deslumbrada com todo o poder, o dinheiro e o status de ser a primeira-dama do Cangaço, não empatizava com as vítimas do marido e seu bando bestializado.
Sobre a personalidade psicopata do "rei do Cangaço":
Além de misógino, Lampião era notoriamente preconceituoso e se orgulhava disso. Mesmo sendo um sujeito coxo, levemente corcunda e de pele acentuadamente escura, além de cego de um olho, carregava convicções preconceituosas contra carecas, homens efeminados, pessoas com deficiências e principalmente contra pessoas pretas. Segundo suas próprias palavras: "Negro não é gente. Negro é a imagem do cão."
O fel de sua personalidade sem dúvida foi herança de sua família degenerada, que antes mesmo de Virgulino nascer fora expulsa da região de Inhamuns no Ceará, pois apesar de serem pequenos proprietários, os Ferreira da Silva eram notórios ladrões de animais.
O narcisismo do rei do Cangaço era também alimentado pelos coronéis que o disputavam, pois mesmo extorquidos e traídos, continuariam a desejar sua amizade e jamais lhe trairiam. Mas por qual motivos tais coronéis se submeteriam a uma posição tão humilhante?
Porque Lampião era o protagonista do tráfico de armas no Brasil, armas essas que eram de uso exclusivo do exército brasileiro e lhes eram vendidas por soldados sergipanos e autoridades do governo baiano. Garantindo a ele abastecimento contínuo para sua milícia.
Por fim, o componente sádico da persona de Virgulino pode ser mensurado pelo prazer que este ser atávico tinha em humilhar pessoas humildes e desarmadas. Aliás essa sempre foi a tônica de seu grupo. A brincadeira do castiçal é um exemplo claro de sua boçalidade: consistia em escolher um homem, para que ficasse de quatro e, introjetada uma vela em seu ânus, este deveria aguentar até que queimasse toda.
Outra modalidade de tortura criada pelo gênio doentio do cangaceiro, consistia em prender à chave, em uma gaveta, o saco escrotal da vítima e deixar à sua disposição uma faca, após atear fogo no recinto... E assim, apostar com seus cabras se a vítima morreria queimada, ou castrando-se conseguiria sair do local.
O fim dessa quadrilha sádica todos nós sabemos qual foi. E ao meu ver, eles simplesmente colheram o que plantaram: emboscados pelo Tenente João Bezerra em Angicos, foram assassinados com rajadas de metralhadora e posteriormente decapitados.
Se após ler os fatos narrados nessa elucidativa obra de Pavinatto, que desconstrói o mito do "rei do Cangaço" e está embasada em farta bibliografia sobre o assunto, você ainda não sair convencido de que a romantização da figura de Lampião como um Robin Hood tupiniquim trata-se de uma grande mentira, fruto da diabólica manipulação do pensamento engendrada pelos políticos de esquerda, pela imprensa, bem como pelo meio artístico, que durante anos fomentou essa falsa e perversa figura como se fosse um herói...
Não sei mais o que será necessário, pois realmente, algumas pessoas encontram-se num nível de dissonância cognitiva tão profunda, que não há maneiras de convencê-las da verdade.
Você pode escolher pensar por si mesmo!
Leia o livro, faça suas pesquisas e chegue a suas próprias conclusões.
Essas são minhas recomendações por hora!
Boa leitura!