sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

O poder de cura dos chakras - Tori Hartman

Vamos mergulhar nessa obra de autoconhecimento que nos levará a entender os chakras e entrar em contato com suas energias?
Em "O poder de cura dos chakras", a americana Tori Hartman nos conduz a um relacionamento com nossos chakras que é único e pessoal, através de exercícios lúdicos que nos permitirão trabalhar com a energia desses vórtices, nos inspirando, motivando e oferecendo uma maneira totalmente nova de ver o mundo.
Mas, o mais importante: desenvolveremos a capacidade de mudar nossas vidas e das pessoas ao nosso redor. 
Então, bora pra resenha!!!



Chakra é uma palavra em sânscrito traduzida como "círculo" ou "roda". Os sete centros de chakras presentes em nosso corpo são vórtices de energia em constante movimento. No sistema ocidental, os chakras correspondem às cores do arco-íris. O primeiro localiza-se na base da coluna vertebral; os demais se elevam pelo interior do corpo físico até o último, situado logo acima do topo da cabeça e chamado chakra da coroa ou cornonário.
Cada um deles vibra com uma frequência específica e quando associados a práticas de meditação, operam como instrumentos que nos põem em relação com os reinos angelicais. Cada roda de energia tem associações mente-corpo-espírito específicas.
Quando descobrimos esses meridianos de energia e sabemos como operam, entramos mais facilmente em sintonia com nossa energia vibracional emocional, física e espiritual. O resultado é uma paz interior natural, com uma harmonia genuína que poucas pessoas realmente desfrutam na vida.
É necessário entender que os chakras como conhecemos, em sua maioria (se não todos), evoluíram das práticas (ou crenças, ou estudos) de intuitivos, sensitivos e monges. Para estes estudiosos orientais, o trabalho com esses centros de energia consistia em transcender o corpo humano e ascender a cada chakra até por fim alcançar o nirvana - liberando o corpo celestial no último deles (o coronário) - traduzindo: para a tradição oriental evoluir consiste em "passar" pelos chakras e libertar-se do corpo físico.
Na tradição Ocidental, trabalhamos os chakras para manifestarmos paz em nossa realidade física (o que no meu ponto de vista faz mais sentido, como seres encarnados que somos e que ansiamos por uma vida material de maior plenitude).

Primeiro chakra: Muladhara - chakra raiz - cor: vermelho - órgãos: sexuais.


O chakra raiz é o chakra das crenças, relacionado a família - é o vórtice da força criadora.
Nossa família contribui para a formação do nosso alicerce que são nossas crenças - essas crenças, se forem limitantes, vão bloquear nosso poder criativo.
Trabalhar esse chakra, desbloquear, limpar, nos liberta de tudo que nos impede de cocriarmos nossa realidade sem as limitações inseridas em nosso subconsciente pelo convívio familiar (por exemplo a crença de que "o dinheiro é a raiz de todos os males") . Portanto, passamos a manifestar uma vida mais plena, próspera e abundante, pois a nossa essência anseia por tudo que é bom, belo e que nos traga alegria.
O desequilíbrio de Muladhara pode manifestar problemas e doenças na região pélvica e nos órgãos sexuais.

Segundo chakra: Svadhishthana - chakra umbilical - cor: laranja - órgãos: glândulas adrenais, sistema urinário, sistema imunológico.


O chakra umbilical é o chakra das emoções, relacionado ao significado que atribuímos a nossas experiências - é o vórtice ligado a nossas memórias afetivas e também aos traumas.
Quando ele está bloqueado, desequilibrado, manifestaremos estados emocionais perigosos: como emoções extremas e imaturas, indiferença ou angústia emocional.
Fisicamente teremos problemas de saúde relacionados aos rins, próstata, bexiga, bem como problemas de fertilidade.
As glândulas adrenais também podem ser afetadas, liberando mais cortisol que o normal o que produz grande estresse.
O equilíbrio desse chakra nos faz transcender o sofrimento emocional. Esse sofrimento é fruto de dois grandes medos: o de perder o que temos e o de não conseguir o que queremos (isso pode estar relacionado a vivências passadas também).
Na interpretação mais moderna do segundo chakra, a lei da atração equipara a emoção à manifestação. O potencial do nosso segundo chakra portanto, é a evolução emocional que nos leva a maturidade e a manifestação de uma vida repleta de sentimentos positivos.

*Uma observação interessante a fazer antes de passarmos para o próximo chakra é a de que o desenvolvimento do Svadhishthana, depende diretamente do desenvolvimento do Muladhara - porque para desenvolvermos uma base emocional sólida, precisamos de boas raízes. Quem viveu em um ambiente familiar com pais abusivos (raiz=valores familiares) dificilmente vai se desenvolver emocionalmente de forma madura (mágoas, raiva=emoções imaturas, densas). 

Terceiro chakra: Manipura - chakra do plexo solar - cor: amarela - órgãos: sistema digestivo, pâncreas, fígado.


O chakra do plexo solar é o chakra dos instintos, relacionado a nossas reações primitivas de luta ou fuga - é o vórtice que também está ligado ao "agir de modo racional" quando em equilíbrio.
Cabe salientar que agir de modo racional não quer dizer se tornar uma pessoa fria e calculista, mas sim, ter autocontrole quanto às nossas emoções. Pois emoções imaturas, não racionalizadas, despertam instintos primitivos em nós e consequentemente nos conduzem a atitudes prejudiciais que visam tão somente a autopreservação. 
O desequilíbrio desse chakra manifesta doenças relacionadas ao sistema digestivo como: pancreatite, diverticulite, Doença de Cronh e síndrome do intestino irritável.
Quando vivemos ou crescemos em um ambiente tóxico e temos nossos mecanismos de luta ou fuga constantemente ativados, esse chakra se desequilibra facilmente - ou seja - para mantê-lo desobstruído, precisamos buscar ou criar um ambiente que seja favorável, mais tranquilo e pacífico. 
Uma vez que nossas decisões em geral se baseiam em nossos sentimentos, saber distinguir emoções maduras das imaturas nos proporcionará a autoconsciência necessária e uma presença de espírito que se manifestará na força de nossas intenções, essas intenções, lançadas ao Universo como um meteoro criam e manifestam nossos desejos mais sinceros.
Enfrentar o que  quer que se apresente na vida e manter-se inabalável, eis a energia associada ao Manipura em equilíbrio. Viver em plenitude e não mais em função da sobrevivência, eis o lema desse chakra.

*É importante observar que o desenvolvimento do Manipura, depende diretamente do Svadhishthana - porque para controlarmos nossos instintos primitivos, precisamos saber diferenciar nossas emoções: as maduras, das imaturas. Quem não se desenvolveu emocionalmente de forma madura, dificilmente vai saber controlar seus instintos primitivos diante das vicissitudes da vida, sentindo-se constantemente ameaçado e amedrontado, reagindo sempre no modo "luta ou fuga" e nunca de modo racional diante das circunstâncias.

Quarto chakra: Anahata - chakra cardíaco - cor: verde - órgãos: coração, timo.


O chakra cardíaco é o chakra que transcende o ego. Os três primeiro chakras estão respectivamente relacionados a nossas crenças, emoções e instintos, caracterizando questões relacionadas a mente humana, a materialidade. 
O Anahata é o vórtice da autoconsciência, da conexão com nosso Eu Superior e com o próximo, ou seja, da espiritualidade.
" A vida que criamos nos três primeiros chakras define se a nossa serpente interna está a nosso serviço ou se nós estamos a serviço dela."  Entenda-se serpente interna como energia interna, fogo interior ou kundalini. Ou seja, se nossa energia interior está completamente voltada à satisfação do ego, estamos mais materializados, mais densos energeticamente. Porém, quando começamos a trabalhar o charkra cardíaco, uma ponte entre os três primeiros chakras (ego) e os três últimos (espiritualidade) se forma - por isso seu símbolo é o Hexagrama, ou Estrela de Davi - uma ponta voltada para cima e outra para baixo. A partir daí estaremos mais conectados com nosso Eu Superior, dominaremos nossas tendências instintivas e a razão passará a reinar e dirigir nossas decisões, sutilizando nossa energia interior.
O desequilíbrio desse chakra pode desencadear problemas cardíacos, pulmonares e imunidade baixa (o timo é responsável pela produção de linfócitos T que atuam na defesa do organismo).
Desenvolver o Anahata nos reconecta com nossa Essência Divina, nosso Eu Verdadeiro que é luz. Nós coloca em contato com a Inteligência Cósmica e com as demais almas, também conectadas a essa teia divina. Dessa forma, nossa capacidade de manifestação com base em nossos anseios mais profundos e puros torna-se potencializada, tudo passa a fluir com mais alegria e facilidade no nosso dia-dia.
Desenvolva esse chakra através de exercícios de meditação e contemplação, e observe a magia acontecer em sua vida!

Quinto chakra: Vishuddha - chakra laríngeo - cor: azul turquesa - órgãos: garganta, boca, língua, sistema respiratório.


O chakra laríngeo é o chakra da comunicação, da expressão e da manifestação da verdade do nosso coração.
O Vishuddha em equilíbrio nos proporciona níveis mais elevados de discernimento, uma vez que dá voz aos desejos do coração - estes são frutos do desenvolvimento do chakra anterior, o cardíaco.
Percebe como os vórtices estão conectados? 
O quinto chakra refletirá quem nós somos, e portanto, o que nós atrairemos em função disso, ou seja, ele funciona de acordo com a lei da atração.
Se não estamos em contato com a verdade do nosso coração (nossos desejos mais profundos, relacionados ao propósito de vida que o Divino tem para nós) nos tornamos frustrados pois manifestamos uma realidade contrária a isso.
Para este compreender o funcionamento desse chakra a premissa: "Conhece-te a ti mesmo e conhecerá o Universo e os deuses" é fundamental. Quando não nos conhecemos o suficiente e cocriamos uma realidade de vida indesejada, passamos a incriminar os outros e o resultado disso é viver preso em um ciclo de culpabilizar as pessoas e circunstâncias externas pela vida que manifestamos.
O desequilíbrio desse vórtice pode manifestar-se fisicamente através de doenças da garganta (faringite, amidalite), problemas na tireóide, distúrbios na fala, nos dentes e na coluna cervical.

Sexto chakra: Ajna - chakra frontal - cor: azul índigo - órgãos:  olhos, seios nasais, ouvidos e glândula pituitária/hipófise.


O chakra frontal é o chakra da intuição. 
O Ajna em equilíbrio nos proporciona a oportunidade de recuperar nossa autoconfiança imergindo cada vez mais em nossa intuição - e ela se dirige a nós em mensagens crípticas.
Quando dominamos algo na vida, ou seja, quando adquirimos experiência em uma determinada área, adquirimos uma capacidade preditiva que está diretamente relacionada a esse vórtice. Essa intuição nos leva ao sucesso, porém, observando em nossas vidas momentos em que não alcançamos o sucesso, há necessidade de investigarmos a preexistência de um "acordo oculto".
"Acordos ocultos" estão relacionados a nossa incapacidade de distinguirmos nossas vivências passadas e perspectivas futuras, do caminho de outras pessoas  que exercem influência sobre nós - podendo ser ancestrais, familiares, amigos ou companheiros. Esses acordos bloqueiam nossa intuição e afastar-se de pessoas nocivas e de suas atitudes pode ser a maneira de realmente prosperar na vida.
O sexto chakra reúne todas nossas angústias que podem advir de acordos ocultos e, se desenvolvido, as transmutamos em propósitos de vida. Se tivermos coragem para lidar com as questões do sexto chakra, que envolvem dor, dificuldades e cura, essa coragem é recompensada: o que recebemos em retorno são as oportunidades muito além do que havíamos imaginado.
O desequilíbrio do ajna pode se manifestar fisicamente através de dores de cabeça, problemas da visão, insônia e falta de clareza.

Sétimo chakra: Sahasrara - chakra da coroa - cor: violeta ou neutro - órgãos: sistema nervoso e glândula pineal.



O chakra coronário se situa no topo da cabeça e está relacionado a nossa intimidade com o Divino. Através do seu desenvolvimento despertamos para o amor que o Universo tem para nos dar e isso se traduz em felicidade na nossa realidade exterior.
A incapacidade de se relacionar com o vórtice da coroa pode indicar falta de conexão e empatia pelos outros. A falta de conexão forma uma energia estagnada que quase sempre ocorre quando ressentimentos familiares pendentes se mantém ativos no sexto chakra, impedindo essa união com o Divino. Abrindo-nos à relação com o Universo, Deus, Deusa, Poder Superior (como você queira chamar) é que suavizamos quaisquer sentimentos desajustados.
O sétimo chakra portanto é o da iluminação, da unificação. Nas práticas originais com os chakras adotadas pelos monges, o único objetivo era unir-se e manter-se unido a Deus.
Os distúrbio físicos relacionados ao desequilíbrio de Sahasrara são: mal de Parkinson, mal de Alzheimer, paralisia, epilepsia, esclerose múltipla e câncer. Geralmente essas enfermidades levarão o portador a depender de terceiros para se cuidar.
De todos, esse é o vórtice mais transcendental. Desenvolvê-lo nos conduzirá a um estado de felicidade sustentável: que procede de uma verdadeira intenção de evoluir através dos nossos desafios humanos para o reino mais alto - uma verdadeira ascensão à consciência de Deus, vivendo o legado que viemos cumprir na Terra.
O que pode impedir a ascensão ao Sahasrara são os padrões repetitivos, pois, a evolução dos chakras está relacionada à integração de nossas experiências de vida - cada parte da nossa história faz parte do nosso "mapa". A medida que nos afastamos da ideia de que precisamos resolver nossas angústias, deixamos de transformá-las no combustível que se torna nosso propósito de vida - que é o verdadeiro poder de Sahasrara - nosso propósito de vida, ou seja nossa missão perante a sociedade, nos reconecta ao Divino em nós!

Finalizando: durante a jornada de leitura dessa obra, realizei sequências de 21 dias de meditação para alinhamento, limpeza e consequente desbloqueio de cada chakra (utilizando as pedras e cristais de cada um). 
A escritora ensina alguns métodos bem interessantes no livro, mas preferi fazer meditações guiadas pelo Youtube - e deu certo também.
Foi como percorrer uma estrada sinuosa, cheia de desafios. Mas o resultado final está sendo recompensador: quando entrei na minha própria "noite escura da alma" ou no verdadeiro legado energético que recebi e, a medida que não fui mais me ressentindo não só pela "herança energética" que recebi mas também pela que cocriei, esse foi o momento em que acendi a minha "tocha olímpica" pessoal.

"Ninguém se torna iluminado imaginando figuras de luz, mas sim tornando a escuridão consciente" - Carl Jung.

Durante esse processo tive catarses profundas, imensos desafios se manifestando em minha realidade material, como pro exemplo uma doença repentina misteriosa que me deixou em um quarto de isolamento no hospital. Mas tudo isso era o expurgo emocional, todo o lixo que foi empurrado para as profundezas do meu inconsciente durante anos, vindo a tona e finalmente sendo transmutado.
Essa trajetória não acaba por aqui, porque a evolução, a expansão de consciência nos faz querer buscar mais e mais o caminho da luz!

Boa leitura a todos!

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